30 de maio de 2011

Crise em Portugal

Na edição do 3º período, o jornal da Fonseca faz uma abordagem ao tema "Crise em Portugal", complementando o dito artigo com uma entrevista ao professor Manuel Estrela Raposo.

Portugal está numa crise profunda. Na sua opinião, o que poderá ter conduzido o nosso país a esta situação?
É verdade que Portugal está numa crise profunda. Mas também é verdade que essa crise não é só nacional. Há uma crise, sobretudo financeira, com os consequentes reflexos na economia de grande parte dos países do mundo, sobretudo na Europa e na América do Norte. Mas, por ser um país pequeno, periférico, desorganizado e pouco competitivo, Portugal sofre ainda mais com isso.
As razões são várias, umas estruturais e de longo prazo e outras conjunturais e de médio ou curto prazo, pelo que é muito complexo apontar as razões, sobretudo em pouco tempo e em poucas palavras. Para abreviar, de uma forma muito simples e imperfeita, podemos dizer que a principal razão da nossa grande crise financeira e económica actual tem como causa directa o facto de consumirmos (todos: Estado, empresas e particulares (famílias)), muito para além daquilo que produzimos, da riqueza que conseguimos gerar. Isso leva à necessidade de pedir crédito, empréstimos, em muitos casos ao estrangeiro, com a inerente obrigação de pagar o que nos emprestam e os juros, estes últimos, cada vez mais elevados. Repito: esta situação não é só do Estado, como muitas vezes se faz passar. Os privados devem mais, muito mais que o Estado. Até os bancos devem muito ao estrangeiro.

18 de maio de 2011

Entrevista a Luis Pedro Ramos

No âmbito do tema Bullying, o jornal Da Fonseca entrevistou o jurista Luís Pedro Ramos.


Da Fonseca: Na sua opinião, o bullying será um reflexo da sociedade em que vivemos?

Luís Pedro Ramos: O bullying nasce deste modelo de sociedade em que vivemos e que tem alguns pilares fundamentais muito corroídos. Uma sociedade que vive uma profunda crise de valores.

Da Fonseca: Os valores incutidos pela família serão os mais apropriados? Ou o papel da família, na educação destes jovens agressores, está um pouco àquem do que deveria?

LPR: Naturalmente que o papel da família é muito importante e não devia ser descurado. Alguns estudiosos que têm investigado este fenómeno referem que os jovens que praticam bullying são normalmente oriundos de estruturas familiares que não acompanham corretamente o seu desenvolvimento e a sua vida social. O papel da família na educação e na formação cívica dos jovens, deve ser valorizado e entendido como um investimento pelos pais e encarregados de educação. Mas por vezes também não sabemos em que condições vivem muitas famílias, os problemas com que se debatem no seu quotidiano, e é sempre precipitado tirar conclusões sem conhecer a fundo o enquadramento familiar e social de um jovem agressor.


16 de maio de 2011

O que é o Bullying?


O Bullying é um Sub tipo de violência escolar; traduz-se num conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, levados a cabo por um ou mais alunos contra outro. Manifesta-se através de insultos, piadas, gozações, apelidos cruéis, ridicularizações, entre outros.
            É uma forma de pressão social que acarreta muitos traumas na vida dos alunos que diariamente convivem com esta realidade, fazendo com que, muitas das vezes, condicionem o seu quotidiano às solicitações dos agressores.
            Na maioria dos casos há um comprometimento por parte das vítimas como forma de evitar novas retaliações, conduzindo assim, a situações anómalas, já que a obrigatoriedade do silêncio faz com que a maioria dos comportamentos sejam evidenciados pelos efeitos dos danos desta pressão no rendimento escolar, por sintomatologia psicossomática, por fobia escolar, depressão.
            Na dinâmica Bullying alguém sofre de maneira directa as consequências da agressividade dos outros – a vítima. Este tipo de violência difere de outros devido à sua forma; é um comportamento agressivo intencional, repetitivo e evoca um desequilíbrio de poder (entre vítima e agressor) que se vai agravando com o passar do tempo e mediante a repetição dos actos.
            É mediante estes acontecimentos que quem é continuamente agredido faz uma leitura pessimista da sua capacidade para lidar com a situação, levando a que se favoreça a sensação de perca de controlo sobre a sua própria trajectória de vida e liberdade.
É comum os jovens vítimas deste tipo de violência apresentarem os seguintes sintomas:
·         Abatimento físico e psicológico;
·         Queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, fadiga);
·         Irritabilidade extrema;
·         Inércia;
·         Dificuldades de concentração e redução do rendimento escolar;
·         Tendência para a introspecção.

11 de dezembro de 2010

O que é o DaFonseca?

O Jornal DaFonseca é o resultado do trabalho desenvolvido ao longo do primeiro período por um dos grupos de Área de Projecto do 12º ano, da turma D. Este projecto, realizado pelos alunos: Joana Perfeito, Maria Granado, Margarida Andrade, Tiago Raposo, Patrícia Chainho e João Rocha, tem como objectivo levar à comunidade escolar, a informação referente à escola de uma forma rápida e eficaz.